terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Isso não é esporte, isso é maluquice!

O título dessa matéria é o que ouvi na Globo, ao vivo, num domingo pela manhã, durante a apresentação dum evento de Descida de Escada em cima de Bicicleta.
Chamam isso de Downhill Urbano (se bem que conheço muitas provas de DHU que são ótimas, devo admitir! Ahhh.. esse post não é pra criticar o DHU, mas vamos por os pontos nos "is") e alguns defendem como uma forma de exposição do esporte Mountain Bike Downhill que praticam, mas uma coisa num tem nada a ver com a outra e a exposição na mídia feita dessa forma só prejudica a imagem do esporte e de quem o pratica, que aliás é culpado de muito problema que envolve o esporte como um todo.
Recapitulando:
Mountain Bike Downhill é uma coisa e essa sim você deveria lutar pra ver na TV brasileira um dia;
Downhill Urbano é outra coisa e é legal, mas não é Downhill em sua essência na terra com pedras, raízes e obstáculos naturais, portanto não confunda!

Num é esporte? É maluquice? É esporte sim, mas tem prova que é realmente coisa de maluco!
E TEM ATITUDE DE PILOTO QUE É COISA DE MALUCO!


Eu também acho maluquice descer escada em cima de bicicleta, principalmente se compararmos o tal DH Urbano aos esportes que não admitem erros, como asa delta, páraquedismo, surf em lava vulcânica, entre outros; descer escadas de bicicleta em alta velocidade claro que é pra quem sabe pilotar, porém qualquer queda no mínimo machuca, visto que pra todos os lados só tem concreto e ferro. É tudo ou nada!

Acho maluquice também colocar um par de rodas de quase 2 mil reais para amassar e depois jogar fora; acho loucura pagar uma inscrição de 500 reais por causa de uma chance pra lá de remota de aparecer na televisão; acho doidera também ganhar um evento desse porte e levar pra casa uma merreca de premiação em dinheiro, sendo que o que se arrecadou em inscrições e cotas de patrocínio foram milhares de reias. Mas no final acho mesmo digno de internação num manicômio apoiar de alguma forma, seja ela qual for, um evento onde anos atrás os pilotos "oficialmente" foram feitos de otários (digo oficialmente pq ainda hoje são feitos, mas eles acham que não ou fingem que não!) pelo organizador.
E tudo isso o pessoal, digo os pilotos mesmo, faz descaradamente se apoiando numa muleta utópica de colaboração de crescimento do seu esporte amado.
E o amor, será que supera tudo? Por amor você engole tudo? Ser passado pra trás, ser traído, ser feito de otário, ser o bobo da corte? É válido? Pensa direitinho e me fala depois.
- Se liga! Não há nada que possa ser levado pra frente e ter futuro se não houver respeito e dignidade. E isso começa por você!

Saindo do mérito de que estar na TV é tudo e de que andar de bicicleta em escada é a mesma coisa do que na terra, já que sabemos que não é e nunca serão, como diz o pessoal do Bope, se você é apenas mais um que não ajuda a construir pistas e só destrói, desmerece e critica o que existe, fica ligado que por sua causa o Downhill nunca será respeitado. Deixa de ser fanfarrão!
CONSTRUIR PISTAS É A PRIMEIRA FORMA DE COLABORAR PARA O CRESCIMENTO DO SEU ESPORTE.
Pode ser que por causa disso também te chamem de maluco...

Saindo da maluquice global, indo pra maluquice local


No post do dia 03 de Março, quase 1 ano atrás, teve um bate-papo legal pacas aqui no blog, porém nada mudou na cidade. O Vale da Lua continua abandonado. :(
A ativação do Vale teria sido uma bela forma de união e uma chance ao futuro do esporte por aqui.


Lamentavelmente, o que escuto sempre é que fulanos não ajudam em nada a construir as pistas (isso eu comprovo), que ciclanos só destroem o que já existe (isso eu comprovo também e desaprovo totalmente) e que beltranos só falam, cantam marra e não somam nunca (isso eu infelizmente reconheço e "conheço").

Isso tudo também é uma grande maluquice, não concorda?

Veja os dados comparando uma pequena cidade com cerca de 300 mil habitantes, tal qual nossa cidade Petrópolis-RJ à cidade de Ibirama-SC, de 18 mil habitantes, conforme o piloto Nataniel Giacomozzi me disse em 2008, que é menor ainda:
Fazendo umas contas aqui, apesar da diferença absurda de habitantes entre uma e outra cidade, deve ter mais gente que anda de ciclismo extremo em Ibirama do que em Petrópolis.
Se tiverem 36 pessoas que praticam, por exemplo, DH em Ibirama, isso equivale a 0,2% da população. Aqui em Petrópolis, não deve ter 60 pilotos, e isso corresponde a 0,02%!
Apesar de Ibirama ser quase 17 vezes menor do que Petrópolis, em proporção tem mais gente que pratica e vive o esporte, porquê lá existe união.
Uma cidade com 300 mil habitantes é uma cidade pequena realmente, fisicamente falando também. Se 60 pessoas apenas praticam um esporte, é bem provavel que essas pessoas se conheçam, não é mesmo?
Se tirarmos 10 pilotos que tem foco em treinamento, patrocínios e buscam resultados, ou seja, tem pouco tempo para outras coisas (mas sem isenta-los de suas responsabilidades perante ao grupo), ficamos com 50 pilotos que não andam juntos, não se falam, não se entendem, não ajudam uns aos outros, não fazem pistas e não fazem por onde.

Algumas pistas surgiram, porém nasceram de iniciativas pessoais ou privadas, e mesmo assim, na hora da manutenção, a grande maioria desaparece.

Quem pode confirmar a atual situação das pistas para abrirmos novamente uma discussão sadia são seus idealizadores e o espaço está aberto a eles:
Siméria, construída e idealizada pelo Junior De Paula e bastante utilizada;
Torre do Morin, construída pelo Diego Knob, foi palco de evento, mas parece que está parada;
Pista da Barão, construída pelo local Ralf Dantas e tem servido de pista de treinos por muita gente.

Convido aos amigos ao estudo de caso dessa maluquice petropolitana, e mais uma vez, otimista em mudanças e soluções.

Abraços!
Jony Anderson

2 comentários:

  1. Pois é Jony!

    Fazer uma pista onde o terreno não é seu, e é aberto para pessoas que não praticam o esporte, e também não respeitam, é muito complicado, aqui na minha pista por exemplo nós construímos uma rampa bem legal de alta, e essa semana fui la e não tinha mais a rampa!
    Simplesmente tiveram um trabalho absurdo para desmontar a rampa que foi fundada no chão com madeiras grossas,uma galera veio e ajudou construímos debaixo de sol, veio construir a rampa Knob, Macaco, Christian, Pitiko, Izaac.

    Então isso tudo desanima, quando não são os motoqueiros que sobem a trilha rasgando releves quebrando ponta de rampas, até que na minha pista não sobe moto quase nunca.

    Mas eu não vou desistir da "maluquice" agora quero fazer uma rampa maior ainda!

    Abraxxxx

    Ralf Dantas

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  2. Olha Ralf, eu mesmo já peguei pilotos destruindo uma rampa... eu num falei nada, num tinha a ver com aquilo ali, mas senti que o clima ficou estranho.. eles deram uma travada, se sentiram acuados com a minha presença e falaram que tavam desmontando pra montar outra NUM OUTRO LUGAR pq aquela ali tinha sido destruída.
    Era numa pista q num era minha e eu num andava naquela parte. Se eu tivesse feito aquilo, acho que teria dado uma M, mas o ponto que quero chegar é que são os próprios pilotos que destroem as coisas que um outro faz. Falta inteligência, falta lógica nessa atitude!

    Se o cara chega numa pista com obstáculos que ele num consegue transpor, ele tem q treinar mais ali mesmo ou fazer uma linha mais light num outro lugar, não é mesmo?

    Te confesso q a atitude babaca de muitos pilotos e amigos nossos me afastou completamente da construção de pistas de DH em lugares públicos, pois no final das contas eu me sentia um otário, completamente desrespeitado por estar ali na maior boa vontade construíndo um negócio que eu nem usava pra quem não ajudava aparecer horas depois e destruir.

    Pra vc ter noção dos absurdos que já fui obrigado a aturar, até já me propuseram construir um Dirt em cima do meu antigo pumptrack - que era usado diariamente -, dando mil e umas justificativas para tal.

    Ou seja, reforçando e repetindo:
    O pessoal não constrói nenhuma pista onde não tem pista, eles querem usar a pista atual sua, minha ou de quem quer q seja, que já tem traçado e montes de terra que 'algum de nós juntou" pra fazer a pista deles. Isso é passível de dar uma tremenda confusão... Calcula!

    Claro que os que não andam de bike e são uns fanfarras, também prejudicam a gente. Aí já é uma falha de caracter. Falta instrução, falta base, falta educação. Por isso acredito que temos que dar exemplo, sendo simpáticos e prestativos sempre que possível, mesmo sabendo que hoje em dia nesse mundo cão, está cada vez mais difícil.

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